1. POSITIVISMO
Sistema filosófico formulado por Augusto Comte tendo como núcleo sua teoria dos três estados, segundo a qual o espírito humano, ou seja, a sociedade, a cultura, passa por três etapas: a teológica, a metafísica e a positiva.
As chamadas ciências positivas surgem apenas quando a humanidade atinge a terceira etapa, sua maioridade, rompendo com as anteriores. Para Comte. as ciências se ordenaram hierarquicamente da seguinte forma: matemática, astronomia, física, química, biologia, sociologia; cada uma tomando por base a anterior e atingindo um nível mais elevado de complexidade.
A finalidade última do sistema é política: organizar a sociedade cientificamente com base nos princípios estabelecidos pelas ciências positivas.
Tem por base a exaltação dos fatos, sendo uma reação à filosofia especulativas e sua expeculação pura.
O termo identifica a filosofia baseada nos dados da experiência como a única verdadeira. O conhecimento se afirma numa verdade comprovada, sendo assim considerado o método experimental o caminho para o pensamento científico, a verdade comprovada jamais é questionada.
2. Escola de Chicago
Na sociologia, a Escola de Chicago refere-se à primeira importante tentativa de estudo dos centros urbanos combinando conceitos teóricos e pesquisa de campo de caráter etnográfico.
Os maiores representantes desta escola são William I. Thomas, Florian Znaniecki, Robert E. Park, Louis Wirth, Ernest Burgess, Everett Hughes e Robert McKenzie. Da década de vinte à de trinta, a sociologia urbana foi quase sinônimo de Escola de Chicago.
A Escola de Chicago inicia um processo que aborda os estudos em antropologia urbana, em que o "outro" torna-se o "próximo". Tendo no meio urbano seu foco de análise principal, desencadeia os estudos relacionados ao surgimento de favelas, a proliferação do crime e da violência, ao aumento populacional, tão marcantes no início do século XX.
3 Ecologia
As obras que dão início à Escola de Chicago são The City: Suggestion for the Investigation of Human Behavior in the City Environment de Robert Park, lançada em 1915, e a consistente monografia de Znaniecki e Thomas, Polish peasant in Europe and America.
A sociologia atingiu rápida ascensão nos EUA seguindo a escola de Spencer e depois fortemente influenciada pela psicologia.
A Universidade de Chicago contribuiu especialmente desenvolvendo técnicas estatísticas e de observação e análise geoespacial bastante minuciosas para o estudo dos distritos urbanos (sociologia urbana), baseando-se no princípio de que fronteiras objetivamente demarcadas dentro da cidade delimitam áreas naturais da solidariedade de grupos e características grupais para os quais poderiam ser identificados, portanto, padrões de localização o que constitui a denominada Escola Ecológica. (MacIver, 1942)
De acordo com um de seus criadores e principais teóricos Robert E. Park a ecologia humana é, fundamentalmente, uma tentativa de investigação dos processos pelos quais o equilíbrio biótico e o equilíbrio social se mantêm, uma vez alcançados, e dos processos pelos quais, quando o equilíbrio biótico e o equilíbrio social são perturbados se faz a transição de uma ordemrelativamente estável para outra. (Park, 1936)
Conceitos de competição, simbiose (solidariedade) sucessão, estabilidade (sustentabilidade), localização espacial, interdependência entre indivíduos, instituições sociais e meio ambiente foram desenvolvidos e aplicados aos mais diversos fenômenos sociais e comunidades contudo como destaca Pierson, 1970 um dos tradutores e introdutores desses estudos no Brasil através da Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo, a ecologia humana não é sociologia e outras ciências sociais nem biogeografia ou geografia humana. É uma ciência ainda em formação, bem mais próxima da ecologia animal e vegetal que das anteriormente referidas.
Uma outra frente de vanguarda da Universidade de Chicago foram os já referidos estudos da distribuição espacial entre o centro e periferia das cidades a exemplo do Estudo ecológico das perturbações mentais de Stuart A Queen, 1940 e do intitulado Perturbações mentais em áreas urbanas: Robert E. L. Faris; H. Warren Dunham, 1939.
Praticamente foram os primeiros trabalhos epidemiológicos na área do que hoje se denomina como epidemiologia social, apesar de utilizarem dados de serviços de saúde (públicos e privados) estabeleceram taxas de prevalência e localização espacial dos agravos desenvolvendo diversas hipóteses explicativas associadas à variáveis como organização (zonas com planejamento urbano) – desorganização social (slums); raça, nacionalidade (comunidades étnicas ou áreas estrangeiras); pobreza desemprego e outras características (forças) sociais e econômicas.
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