Num primeiro
momento, os artesãos desenvolveram o hábito de usar tinta preta sobre argila
vermelha para pintar os vasos. Mas no fim do século VI a.C., o aluno de um
famoso ceramista teve a ideia de inverter a cor. Ele pintou a superfície do vaso
de preto e depois raspou a tinta, de tal forma que as figuras ficaram vermelhas.
Essas peças foram chamadas “figuras vermelhas”, em oposição às anteriores, as
figuras em negro.
Escultura
A escultura
embelezava e completava as obras arquitetônicas. Em geral, as esculturas tinham
como motivo as imagens dos deuses e dos heróis. Na escultura, vale lembrar o
nome de Fídias, autor da estátua da deusa Atena e dos relevos do
Partenon, e Míron, famoso pela estátua do Discóbolo. Os gregos
desenvolveram também a pintura, a música e a
cerâmica.
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Os escultores
tinham por objetivo representar homens, animais e vegetais como eles apareciam
na natureza. Ao retratar o homem, as estátuas gregas exibiam personagens belas,
rostos serenos ou fortes emoções, corpos perfeitos e farta decoração. Fala-se
até que as criações de pedra eram tão harmoniosas que chegavam a ganhar vida
própria. A representação do ser humano na arte grega correspondia à visão ideal
do homem que eles tinham na época. Para eles, a raça humana era descendente de
deuses e heróis e estes, por sua vez, eram dotados de formas
humanas.
Assim, o
artista almejava alcançar a perfeição dos deuses. Com isso, procurava também
atingir a perfeição espiritual e valores nobres, como a inteligência, a
sabedoria e o respeito.
A maioria das
estátuas gregas que conhecemos é representação de deuses. Elas foram colocadas
em determinados lugares onde esse povo costumava orar, fazer seus cultos e
sacrifícios e pedir ajuda e inspiração.
O Teatro
Uma das artes
mais consagradas na Grécia foi o teatro. Apresentado em arenas dotadas de
excelente acústica, o teatro na Grécia Antiga abordou temas profundos, tratados
na forma de tragédias ou comédias. Sófocles (496-406 a.C.) foi um dos
maiores escritores de teatro da época e Édipo Rei, uma das peças de sua autoria
encenadas até hoje. Enquanto arquitetura, a construção do teatro grego também
foi importante e influenciou muito esse tipo de arte no Ocidente. Ainda hoje os
artistas representam muitas vezes num palco rodeado de arquibancadas reservadas
ao público.
As primeiras
peças de teatro grego eram apresentadas nas festas religiosas em homenagem ao
deus Dionísio; as chamadas dionisíacas, deus do vinho, da loucura, dos prazeres.
O teatro era ao
ar livre e os atores usavam máscaras. Somente aos homens era permitido
participar das representações, nas quais eram discutidos os problemas eternos do
ser humano, como o destino, as paixões e a justiça, e também satirizados os
comportamentos humanos, os costumes, e a própria sociedade.
Os três autores
de teatro mais destacados foram Ésquilo, Sófocles e Eurípedes. Suas obras,
escritas no século V a.C., eram chamadas de tragédias, e a maioria delas tinha
final triste. O enredo das peças gregas sempre tratava de lendas conhecidas por
toda a platéia. Portanto, o que atraía as pessoas não eram as histórias (que
todos já conheciam), mas o jeito habilidoso e poético como o autor as tinha
escrito.
Ésquilo,
considerado o “pai da tragédia”, autor de Prometeu acorrentado, Os persas e Os
Sete contra Tebas;
Sófocles, respeitado como o
mais importante teatrólogo grego; escreveu Édipo rei, Electra e Antígona, entre
outras;
Eurípedes, autor de Medeia,
As troianas e As bacantes;
Aristófanes, satírico autor
de As nuvens, As rãs e As vespas.
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