Enquanto palmilhavam pelo deserto, rumo à terra prometida, os filhos de Israel foram saciados por Deus com o Maná, que "era como semente de coentro branco, e o seu sabor como bolos de mel." (Ex 16.31). Este foi o seu alimento por quarenta anos, até que chegaram aos termos da terra prometida.
Na verdade, o maná era um tipo de Cristo, o pão da vida que desceu do céu para saciar a fome espiritual da humanidade, como Ele mesmo disse em Jo 6.51. Mas este maná, que tinha sabor como bolos de mel, pela manhã estava sobre o deserto como a geada e precisava ser colhido e preparado. O fato de Deus enviar o maná no deserto não bastava, eles tinham de levantar cedo, colher e preparar, senão não teriam bolos de mel.
Da mesma maneira, o fato de Cristo ter morrido na cruz por nós por si só não basta; é necessário atentarmos para essa tão grande salvação, apropriando-se dela pela graça através da fé e da convivência diária com Cristo, na oração e na santificação. O maná está ai todos os dias, mas temos que apropriarmos dele. Uma vez que ele não cai sobre nós, e sim no chão do deserto, é preciso ajoelhar para colhê-lo.
O maná era também um sustento diário. Não podiam colher para o dia seguinte; eles precisavam crer que amanhã haveria maná outra vez. Isto se assemelha às palavras do Senhor sobre “o pão nosso de cada dia”; e “não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.”
Deixemos, pois toda ansiedade e vivamos com Cristo um dia de cada vez e desta forma compreenderemos melhor o que quer dizer: “de glória em glória” “de fé em fé” “de força em força”.
O Senhor Jesus é o nosso maná de cada dia, aproprie-se dele e creia que amanhã haverá sustento outra vez.
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