José
Júlio Nogueira da Mota Barbosa nasceu a 1 de Setembro de 1883 na casa
de Louredo em Penafiel e foi baptizado no dia 14 desse mesmo mês, na
Igreja dos Capuchos. Era filho de Simão Júlio de Almeida Mota Barbosa e
de Emiliana de Vasconcelos Nogueira da Mota Barbosa, sobrinho pelo lado
materno do Conde de Torres Novas e pelo lado paterno do Conde de
Carvalhido.
Após frequentar o liceu, matriculou-se no Colégio do Espírito santo em Braga e mais tarde no Almeida Garrett no Porto.
José
Júlio foi casado com a sua prima Lisboeta Alda Maria Bento Nogueira,
mas a 13 de Março de 1935 divorciou-se, não deixando descendentes.
Foi
Vice-Cônsul de Espanha em Penafiel, comandante dos Bombeiros, Inspector
dos Serviços de Incêndios, Presidente da junta de Turismo das Águas de
Entre-os-Rios, Secretário da redacção do jornal “O Tempo” e colaborador
dos jornais “O Penafidelense”, “O Comércio de Penafiel”, “O Povo de
Penafiel” e “Portugal Económico, Monumental e Artístico”.
Em
termos de publicações feitas por José Júlio, destacam-se os “Seis
Sonetos”, folheto com seis poemas impresso em 1918; “Caras e Caretas”,
brochura que realizou com a colaboração com Ernesto de Melo em 1933 com
sonetos alusivos a várias personalidades de Penafiel; e uma separata do
Relatório da Câmara Municipal designado por “Guia Turístico da Cidade e
Concelho de Penafiel” em 1942.
É também autor da letra do hino da Cidade, bem como do Hino do Orfeão.
Como
poeta, José Júlio viveu numa época de transição entre o romantismo e o
aparecimento das novas correntes literárias como o Simbolismo e o
Modernismo.
José
Júlio quando morreu deixou em testamento de 22 de Abril de 1942 que a
sua herdeira seria Elvira Fernandes Matos, natural de Castelo de Paiva,
mas doava todo o seu espólio documental e colecção de desenhos à
Biblioteca Municipal de Penafiel.
Na
comemoração do centenário do seu nascimento, para além da publicação de
uma colectânea de poemas da sua autoria a que se deu o nome de “Os
Tristes”, realizou-se uma conferência, declamação de poesia e
desterrou-se uma lápide junto à entrada da Casa de Louredo onde o Poeta
tinha nascido.
José
Júlio notabilizou-se como um homem interveniente da sociedade
Penafidelense, empenhando-se tanto em termos culturais como sociais.
Este autor gostava da vida boémia, como o comprova um dos seus
pseudónimos: David Airada. Assinava também como Mário Moreno.
A Avenida com o seu nome situa-se entre a Avenida Egas Moniz e a Rua da Saudade.
A Cache: Vão procurar um pequeno container com log book e stashnote. Levem algo com que escrever
1 comentários:
A herdeira chamava-se Elvira Fernandes Martins. Minha avó.
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